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22 de Março de 2011 - 16h29
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Marcelo Rebelo de Sousa afirmou ontem que a avaliação que fará no final do seu mandato "e para o futuro" dependerá em grande medida da "diferença que tivesse feito" na forma como será tratada até lá a questão da floresta e dos fogos florestais que, insiste, é uma "prioridade nacional". Sugere assim que a sua recandidatura vai depender da análise que faça sobre a sua capacidade de influência nesta matéria.
"Eu disse na declaração ao país que esta é uma das prioridades do meu mandato e que eu julgaria o meu mandato no final pela capacidade de influência que pudesse ter sobre esta prioridade. E que nas decisões que tomasse sobre esse mandato, e para futuro, pesaria decisivamente a avaliação que fizesse sobre a diferença que tivesse feito, a influência que tinha podido ter, ou não - e espero que sim - na realização desta prioridade", afirmou.
O Presidente da República falava ao final da tarde na Pampilhosa da Serra, mais um dos 44 concelhos abrangidos pelos fogos de domingo e segunda-feira passados. Ali insistiu que "esta é a última oportunidade para a floresta, mas também para a realidade económica e social" do interior, defendendo que "tem de ser um esforço de todos, autarcas, Governo e União Europeia", esta no sentido de garantir que as verbas usadas para acorrer às tragédias deste Verão não vão penalizar o défice.
"É um grande esforço nacional, ninguém se pode desresponsabilizar", afirmou, incluindo partidos, autarcas, autoridades centrais em que ele próprio se inclui. E mostrou-se confiante porque, sublinhou, "O Portugal litoral acordou para esta realidade" este ano.
Já antes, na Sertã, Marcelo Rebelo de Sousa insistira numa "convergência alargada" sobre a floresta em Portugal, "porque não depende de cada Governo, não depende de cada momento", e considerara um "bom sinal" as notícias de que os dois partidos da oposição, PSD e CDS-PP, estavam também a estudar a apresentação de propostas. "O que quer dizer que estão sensíveis à urgência do tema e de um debate parlamentar sobre a matéria. Aquelas medidas que tiverem de passar pelo Parlamento ganham num consenso alargado", frisou o chefe de Estado.
Marcelo recusou pronunciar-se sobre as relações com o Governo. "O Presidente da República não comenta estados de humor, o Presidente da República comenta o que importa aos portugueses", sublinhou. Para Marcelo Rebelo de Sousa, a política existe para resolver os problemas das pessoas. "Há um lado da política que é inevitável, que são os debates, as tomadas de posição de vários partidos, porque a democracia é assim. Mas o que justifica verdadeiramente a política é resolver problemas concretos de pessoas concretas - que, em caso de emergência, são problemas que exigem soluções rápidas, de emergência", argumentou.
Nessa medida, enalteceu as decisões do Conselho de Ministro quanto às indemnizações. "A solução que foi encontrada parece-me uma solução justa", disse, considerando que é "rápida, um mês para se definirem os critérios" para as indemnizações. "Permite apontar para aquilo que se queria, que é rapidez, justiça, equidade e participação. Nesse sentido, foi bom que fosse essa a primeira decisão e parece-me uma decisão muito correcta", frisou. com Lusa
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