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22 de Março de 2011 - 16h29

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Arqueologia
Dois novos achados subaquáticos no Tejo
Por Lusa

Destroços descobertos por mariscadores são de dois naufrágios. Investigação é "urgente", defendem arqueólogos

Dois sítios arqueológicos subaquáticos no estuário do Tejo, frente ao ilhéu do Bugio, "demonstram possuir forte interesse patrimonial histórico-arqueológico, carecendo urgentemente de investigação", segundo um artigo publicado na revista de arqueologia Al-Madan.

"Estes achados não constituem qualquer surpresa. Com efeito, a barra do Porto de Lisboa deverá ser um dos locais mais perigosos da costa portuguesa, especialmente [para] embarcações à vela de alto bordo", afirmam os autores, entre os quais o arqueólogo subaquático Alexandre Monteiro, da Universidade Nova.

Tratar-se-á, no sítio catalogado como Tejo A, de um naufrágio dos séculos XVII ou XVIII; o outro, catalogado como Tejo B, será um naufrágio dos séculos XV a XVIII. "Cronologias que só poderemos afinar perante a análise estrutural dos destroços", ressalvam os autores.

Os achados no sítio Tejo A estão à profundidade máxima de 10,5 metros, ligeiramente a ocidente do Farol do Bugio, e são "conjuntos de madeiras, avultando a existência de dois canhões em ferro e de três âncoras". O sítio Tejo B, localizado entre o farol do Bugio e a Trafaria, encontra-se a uma profundidade média de 7,5 metros, e é constituído por uma zona de destroços e várias centenas de barris em madeira.

Os achados foram encontrados em 2012 por dois mariscadores que os autores do artigo querem ver envolvidos no "processo de investigação e disseminação", recomendando para o efeito que "se proceda quanto antes, por parte da Direcção-Geral do Património Cultural, ao processo de classificação, no sentido de se dar cumprimento legal ao processo de recompensa por declaração de achado fortuito". "Afinal, depende dos utentes do mar (...) o ingresso da esmagadora maioria dos vestígios de património cultural subaquático no conhecimento oficial e académico", rematam. Lusa



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