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PÚBLICO: Edição Impressa Versão para cegos
22 de Março de 2011 - 16h29
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A nova maternidade de Coimbra vai nascer no perímetro dos Hospitais da Universidade de Coimbra, mas subsistem dúvidas sobre os contornos da resolução de um problema que se arrasta há anos. O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Fernando Regateiro, anunciou ontem a localização da estrutura que vai resultar da fusão das maternidades Bissaya Barreto e Daniel de Matos, bem como o custo estimado do investimento, que deve superar os 16 milhões de euros.
Regateiro justifica a escolha do pólo central do CHUC com "razões de segurança das grávidas". Estando perto do pólo central, a maternidade ficará mais próxima de serviços como cirurgia muscular, urologia, cardiotorácica ou cuidados intensivos, enumera. Como "não se podem duplicar as equipas e não se podem duplicar os equipamentos", a opção passa por centralizar.
No entanto, o responsável não conseguiu explicar se, para o efeito, vai ser construído um edifício de raiz ou se a nova maternidade será instalada em estruturas já existentes. Aos jornalistas, o presidente do conselho de administração disse que essa definição é "um trabalho que está em curso" e que novas informações seriam dadas "em breve".
O que existe neste momento é um "modelo de caderno de encargos concluído" para depois lançar o projecto de execução até final de 2018. Depois disso deverão decorrer entre seis e oito meses "para que os concorrentes façam propostas e se faça a selecção e vai para o terreno em 2019", refere Regateiro. A presidente da Administração Regional de Saúde do Centro, Rosa Reis Marques, acrescenta que a localização será a que "for considerada tecnicamente mais adequada" e que só "a partir desse momento" é que se desenvolverá o projecto de construção. Sobre o futuro dos trabalhadores das duas actuais maternidades, Regateiro também não é explícito: "Vamos ter fusão de respostas, de recursos humanos e fusão de recursos materiais."
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, assistiu à conferência de imprensa que servia para fazer um ponto de situação sobre os investimentos do SNS no concelho de Coimbra (ronda os 100 milhões para os próximos três anos) e afirmou no final aos jornalistas que a opção foi tomada por "concertação estratégica, mas também por segurança clínica". Há ainda a posição da autarquia, que há um ano apontava para o Hospital dos Covões como possibilidade de localização. O presidente da câmara, Manuel Machado, referia que, caso a opção recaísse no pólo principal, teria que se resolver o "problema de congestionamento e estacionamento". Esse problema mantém-se, embora o CHUC tenha já anunciado a construção de um silo de estacionamento que ainda não saiu do papel.
Fim
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