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PÚBLICO: Edição Impressa Versão para cegos
22 de Março de 2011 - 16h29

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Ainda ontem
Parques maus e bons
Por Miguel Esteves Cardoso

Há um encanto especial em estar preso numa bicha de carros à espera de estacionar num centro comercial. Os lugares para estacionar estão todos ocupados. Assim todos esperam que alguém se vá embora, coisa que não tende a acontecer por estes dias de Natal.

Sempre que há uma vaga só um carro sai da bicha. Entretanto já se juntaram mais sete ou oito. Só o último tem um curto espaço de tempo em que pode fazer marcha atrás e tentar fugir. Os outros estão todos presos. Os mais patéticos estão nas rampas em que o sonho não é arranjar lugar, é simplesmente chegar ao próximo andar, onde há mais uma oportunidade de saír dali para fora.

No Hospital Santa Maria há vários parques de estacionamento, mas, apesar de estarem quase todos cheios, perde-se pouco tempo à procura de lugar porque os parques estão bem sinalizados, são independentes e são pequenos, permitindo descobrir os lugares livres e impedindo os carros de perder tempo a pentear parques cheios na esperança que alguém se vá embora.

Só se pode entrar num parque se houver um lugar vazio: é este o princípio fundamental.

Em muitos centros comerciais e noutros sítios com estacionamento "grátis" não há qualquer sistema, levando a grandes despesas (mal gastas, ainda por cima) de tempo, gasolina e fritura de nervos.

A única vantagem é que as bichas vêem-se à distância, avisando os putativos clientes que o melhor que fazem é seguir caminho e fazer as compras noutro lugar.

Os maus parques de estacionamento são uma praga e um tiro no pé.



Fim

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