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22 de Março de 2011 - 16h29
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Obras na estação de metro de Arroios deverão prolongar-se ainda mais porque contrato com o empreiteiro foi rescindido
Os primeiros tapumes foram colocados há cerca de ano e meio, com a promessa de que as obras de alargamento do cais da estação de metro de Arroios estariam prontas no início deste ano. Só que, dizem os comerciantes da zona, a empreitada pouco andou e os tapumes ali colocados começaram a prejudicar-lhes os negócios, levando à perda de clientes e obrigando mesmo algumas lojas a fechar portas. É por isso que o Bloco de Esquerda, através do vereador Manuel Grilo, quer que a Câmara de Lisboa inste o Governo a garantir uma indemnização aos comerciantes da zona da Praça do Chile.
Numa moção que será apresentada na reunião de câmara de hoje, o vereador bloquista vai propor ainda que se avalie a possibilidade de os comerciantes que tiveram de fechar as suas lojas e os que focaram no desemprego serem acompanhados.
A intervenção na zona deverá prolongar-se ainda mais do que o previsto, uma vez que o Metro de Lisboa comunicou ao empreiteiro a rescisão do contrato, na semana passada. Será, portanto, necessário encontrar uma nova empresa que tome conta da obra.
O PÚBLICO questionou o Metro de Lisboa sobre os motivos da rescisão do contrato, assim como para quando se prevê a conclusão das obras, mas aguarda respostas.
Na semana passada, numa reunião descentralizada da autarquia, e perante alguns dos comerciantes lesados, o vereador das Finanças, João Paulo Saraiva, começou por reconhecer a "incapacidade que a câmara teve até hoje de responder aos comerciantes de forma cabal". E anunciou que vai apresentar uma proposta para alterar o regulamento das taxas municipais para que os comerciantes de Arroios possam ficar isentos do pagamento de taxas de publicidade e ocupação da via pública, o que deverá também acontecer nesta reunião.
Dado o prolongamento expectável do tempo de obra, o bloquista sugere ainda que se reforcem carreiras complementares à Linha Verde, "seja financiando o reforço de carreiras actuais da Carris ou fretando autocarros para o trajecto Areeiro-Martim Moniz e Martim-Moniz-Areeiro".
"Não basta assegurar isenções de taxas municipais, mesmo que retroactivamente, quando mais de 20 lojas já encerraram e, segundo os comerciantes, cerca de 80% da obra está por fazer. A única forma de garantir que não se encerre mais nenhuma loja é que o Metro ou o Governo assuma a sua responsabilidade que tem destruído pequenos negócios naquela zona", nota Manuel Grilo.
Fim
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