Plantadas 27 árvores de ferro no Porto para assinalar 25 anos na União Europeia

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A paulo pimenta

Até ao final de Setembro, a cidade do Porto conta com 27 novas árvores (mais uma no Gabinete do Munícipe). Não são, porém, árvores como as outras, mas antes obras de arte criadas pelo artista plástico Jorge Curval para uma exposição ontem inaugurada e destinada a assinalar o vigésimo quinto aniversário da entrada de Portugal na Comunidade Económica Europeia.

Os inusitados espécimes desta Floresta Europeia - assim se chama a iniciativa da Câmara Municipal do Porto -, um por cada país da actual união, têm como elemento dominante barras de vergalhão de ferro, normalmente utilizadas para o reforço das estruturas de cimento armado, invocando, de algum modo, o momento crucial da construção europeia que ocorreu em Berlim no dia em que o muro que dividia a cidade começou a ser desmantelado (pondo a nu, precisamente, a estrutura metálica da chamada Cortina de Ferro).

As árvores podem ser vistas na Praça do General Humberto Delgado, no exterior da estação do metro da Trindade e junto à Casa da Música, não deixando indiferentes aqueles que por elas passam. Alguns dos exemplares estão vergados ou têm os ramos curvados por uma imaginária brisa, que talvez seja o vento da História ou, mais simplesmente, o vendaval que Curval pretendeu denunciar e que tem provocado o desaparecimento dos espaços verdes nas grandes cidades.

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