Nuno da Câmara Pereira demitiu-se da presidência do PPM e saiu do partido

O presidente do PPM, Nuno da Câmara Pereira, demitiu-se da liderança do partido monárquico e foi substituído pelo primeiro vice-presidente, Paulo Estêvão, anunciou ontem a comissão política nacional (CPN) do partido.

Em declarações à agência Lusa, Paulo Estêvão indicou que Nuno da Câmara Pereira se afastou da liderança do Partido Popular Monárquico (PPM) - do qual também deixou de ser filiado - "por razões de índole pessoal".

"O presidente do partido apresentou a sua demissão por razões de índole pessoal. A única coisa que nos comunicou é que desejava demitir-se da CPN e também se desfiliou do partido (...) O que nos foi transmitido foi apenas isto. Alguma questão que tenha a ver com as motivações do pedido de demissão devem ser endereçadas a ele", disse. A agência Lusa tentou contactar Nuno da Câmara Pereira, mas sem sucesso.

Paulo Estêvão indicou que foi já convocada uma reunião "urgente" do conselho nacional do partido, órgão máximo entre congressos, para analisar a situação, mas sublinhou que a comissão política nacional já se pronunciou unanimemente a favor da manutenção do actual elenco dirigente.

"A comissão política mantém-se na totalidade, só o presidente saiu. Vamos apresentar esta situação ao conselho nacional e vamos iniciar a gestão do partido com normalidade", referiu.

"O congresso realizou-se há muito poucos meses, não há uma desagregação dos órgãos, que se mantêm intactos", vincou.

E acrescentou: "Consideramos que temos todas as condições para continuar a gerir o partido e para aprofundar o processo de reformas políticas que estávamos a elaborar dentro do partido".

Lembrando que o último congresso do PPM se realizou em Dezembro do ano passado, Paulo Estêvão afirmou-se pessoalmente disponível para permanecer na liderança do partido, tanto mais que já desempenha funções políticas.

"Como sou deputado pela Região Autónoma dos Açores, tenho actualmente disponibilidade política (...) sou professor de profissão, mas encontro-me a desempenhar funções políticas a tempo inteiro. Tenho disponibilidade para exercer essas funções políticas", indicou. A actual direcção tem mandato até 2012.

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