Dirigente do manifesto critica cluster eólico

Eneop contra "comentários de ex-PIDE-DGS"

José Pinto de Sá, considerado o inspirador científico do manifesto, desvalorizou ontem o peso económico do pólo industrial eólico criado em Viana do Castelo. Considerou-o "um cluster que faz umas montagens", sublinhando que a Enercon, o parceiro alemão que liderou o projecto com a EDP, tem um "problema de exportações por um litígio de patentes com a General Electric, que a proíbe de exportar para os EUA".

"Não aceito comentários soezes de um ex-PIDE-DGS", respondeu o presidente da Eneop, responsável pelo projecto industrial da Enercon em Portugal, Aníbal Fernandes, confrontado com as declarações. Considerou-as "ofensivas" e diz apenas entender "a desvalorização da importância do núcleo de Viana do Castelo, com 2100 postos de trabalho qualificados directos e mais cinco mil indirectos, vinda de uma pessoa que não merece credibilidade", citando a sua ligação à polícia política, durante o movimento estudantil, e que considera assumida no livro Conquistadores de Almas, editado pela Guerra e Paz, em 2006.

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