Uma missa de capacete

Pároco prepara iniciativa para aniversário da confiscação da igreja pelo Estado

Uma missa com o pároco e os fiéis usando um capacete de obras pode ser a forma escolhida pelo padre João Nogueira, prior de Campolide, para chamar a atenção para a degradação e o risco a que o edifício está sujeito. João Nogueira só está à espera de conseguir duas ou três empresas de construção civil que lhe emprestem os capacetes necessários para celebrar a missa de cabeça coberta. A celebração dessa missa poderá ocorrer a 10 de Outubro, dois dias depois de completados 100 anos sobre a confiscação do Colégio de Campolide aos jesuítas. "Querem fazer dinheiro com uma coisa roubada em 1910", acusa, referindo-se à posição do Ministério das Finanças. Comentando a nova recomendação do provedor, da qual tomou conhecimento através do PÚBLICO, João Nogueira diz que ela assegura o "respeito pelos direitos dos cidadãos e da comunidade cristã". E acrescenta: "Significa que alguém, neste país, está atento à realidade e tenta furar a indiferença e a teimosia do Ministério das Finanças." A.M.

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