Menos cirurgias e internamentos, mais consultas e urgências

Os dados globais divulgados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) no que toca à produção indicam que até ao final de Setembro os hospitais e Unidades Locais de Saúde (ULS) registaram menos internamentos e cirurgias e mais consultas externas e urgências.

Em relação ao primeiro indicador, o mapa nacional revela que saíram 453.007 doentes dos hospitais e ULS, dos quais 242.535 cirúrgicos, o que representa uma quebra de, respectivamente, 2,2 e 4%. A demora média foi de 7,90 dias, menos 0,18 do que em igual período de 2010.

No que toca às cirurgias, o número ascendeu a 339.647 até ao final de Setembro, ou seja, menos 3,3% do que o acumulado em igual período do ano passado. A percentagem de partos por cesariana foi de 31,4%, menos 1,4 pontos percentuais do que no período homólogo de 2010.

As unidades do SNS realizaram ainda 6,2 milhões de consultas externas, o que traduz um acréscimo de 1,5%. A percentagem de primeiras consultas em relação ao total foi de 28,7% (+0,2%), enquanto a percentagem de doentes atendidos em tempo adequado se situou nos 71,1%. O mesmo dado relativo a 2010 não foi disponibilizado.

Já o número total de atendimentos nas urgências foi de 3.582.139 até ao final de Setembro, o que significa um aumento de 2,5% comparativamente aos primeiros nove meses do ano passado. A percentagem de atendimentos que deram lugar a internamento foi de 7,75%, ou seja, menos 0,37 pontos percentuais do que no final de Setembro de 2010.

Hospitais não respondem

Os dados da ACSS revelam ainda que foram realizados 65,1 milhões de exames de meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT) nos primeiros nove meses deste ano. Este número peca, no entanto, por defeito, uma vez que quatro ULS - Alto Minho, Matosinhos, Castelo Branco e Baixo Alentejo - e dez hospitais não deram este indicador à ACSS.

O número de MCDT deverá mesmo ser bem superior, tendo em conta que entre os hospitais que não responderam estão alguns dos maiores do país, casos dos centros hospitalares de Lisboa Norte e Lisboa Ocidental, do Hospital Garcia de Orta ou do Instituto Português de Oncologia do Porto. Entre os que responderam verifica-se que a unidade que mais MCDT realizou foi o Centro Hospitalar de Lisboa Central, com 9,3 milhões de exames.

Os 38 hospitais e seis ULS tinham 30.986 médicos e enfermeiros no final de Setembro, ou seja, mais 2,58% do que em igual período de 2010. J.d"E.

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