Câmara do Porto quer tornar a cidade amiga dos idosos

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Perfil dos idosos vai ser estudado

A Câmara Municipal do Porto pretende tornar a cidade mais amiga dos idosos, através da implementação de mecanismos que facilitem a vida a esta franja da população. A promoção de uma maior participação cívica na sociedade, a abolição de barreiras físicas, um maior apoio social para combater a exclusão social, bem como maior segurança e um melhor serviço de saúde poderão ser algumas medidas implementadas para promover uma cidade amiga dos idosos.

Para este efeito, a Câmara do Porto assinou ontem um protocolo de colaboração com o Instituto Politécnico do Porto (IPP) e com a Liga Portuguesa de Profilaxia Social (LPPS), para a realização do projecto Porto, cidade amiga das pessoas idosas. Esta parceria vai permitir, numa primeira fase, elaborar estudos sobre esta população, a fim de perceber as suas necessidades e expectativas e, numa segunda fase, elaborar um plano de acção, com a duração de três anos, que responda a essas mesmas necessidades.

Rui Rio explicou aos jornalistas que inicialmente será elaborado um perfil técnico da população, para a câmara conseguir dar repostas, que, no entanto, "serão poucas", admitiu o autarca. "É um problema que não pode ser resolvido apenas a nível autárquico, mas a nível nacional", através da implementação de uma política consistente direccionada para esta população.

Por seu turno, Rui Costa Oliveira, da LPPS, acredita que "tornar o Porto uma cidade amiga dos idosos é uma tarefa difícil", defendendo também que o problema tem de ser resolvido a nível nacional, referindo-se ao valor baixo das reformas em Portugal.

A autarquia promoveu ainda uma conferência com Alexandre Kalache, responsável pela elaboração do projecto Porto, cidade amiga das pessoas idosas em 2007, que deu uma visão mundial sobre a situação da população idosa e as medidas já implementadas nas cidades que aderiram ao projecto.

A Câmara do Porto aderiu em Outubro à Rede Mundial de Cidades Amigas das Pessoas Idosas, criada pela Organização Mundial da Saúde em Junho deste ano.

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