Futuro do Batalha decidido antes de Agosto

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O espaço deverá manter-se fiel à vocação cultural do Cinema Batalha NELSON GARRIDO

Líder da Associação de Comerciantes do Porto e do Gabinete Comércio Vivo garante que existem vários interessados em assumir a gestão deste antigo cinema emblemático do Porto

O futuro do Cinema Batalha deverá ficar decidido até ao final do mês de Julho e não passará pela actual gestão do Gabinete Comércio Vivo (GCV). Os custos de gestão e a ausência de perspectiva de lucro para o GCV levam Nuno Camilo, presidente desta entidade e da Associação de Comerciantes do Porto (ACP), a garantir que "não faz sentido" o Batalha continuar nas mãos do gabinete.

Nuno Camilo já tinha dado sinais que o GCV deveria abandonar a gestão do Cinema Batalha. Agora, é taxativo: "Ficar com o Batalha não é a nossa prioridade. Não faz qualquer sentido que fiquemos com ele, tanto pelos custos que implica, como pelo facto de a função do gabinete não ser a exploração de espaços."

Em Março, Camilo ainda tinha a expectativa que o processo pudesse ficar encerrado até ao final desse mês, mas o desfecho tem vindo a ser adiado. O líder da ACP explica que, entretanto, surgiu "mais uma entidade interessada" na gestão do antigo cinema, pelo que o processo "está a prolongar-se um bocadinho". O final de Julho é, para já, o prazo estabelecido por Nuno Camilo para que tudo fique decidido.

"Mais de três interessados"

A decisão de abandonar o Batalha surgiu depois de uma análise às contas do GCV. Nuno Camilo diz que a administração anterior, liderada por Laura Rodrigues, foi "muito esbanjadora" e que, apesar de ter sido possível "reduzir drasticamente os custos, na ordem dos 30 ou 40 por cento", o espaço continua a não ser lucrativo para uma entidade como o GCV, que arrenda o espaço aos proprietários do edifício, a Neves & Pascaud, e assume os custos de uma funcionária, manutenção, luz e água, entre outros.

Nuno Camilo diz que o objectivo do gabinete é "encontrar alguém com perfil e condições de viabilizar" o Batalha enquanto espaço cultural, e garante que não faltam interessados. "Posso dizer que temos vários interessados, mais de três, e que são todos privados", adianta o líder dos comerciantes portuenses.

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