Os meteorologistas espaciais prevêem tempestades magnéticas

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NASA/AFP
Partículas com carga eléctrica emitidas em grandes baforadas pelo Sol nos passados dias 13, 14 e 15 estão a embater neste momento com o escudo magnético invisível que protege a Terra, provavelmente produzindo tempestades magnéticas algures no nosso planeta. Blackouts em redes eléctricas, em sistemas de comunicação e satélites são os efeitos mais facilmente previsíveis até dia 19, alerta o Centro de Previsão da Meteorologia Espacial da Agência para os Oceanos e a Atmosfera (NOAA) dos Estados Unidos. Mas quem vive mesmo no Norte do planeta (não em Portugal) é provável que possa assistir a um espectáculo da natureza: as auroras boreais, em que os céus nocturnos se enchem de cores, devido ao impacto das partículas de vento solar e da poeira espacial com a magnestofera, nas camadas da atmosfera ionizadas pela radiação solar. Um das ejecções coronais - assim se chamam as explosões no Sol que emitem estas grandes quantidades de partículas com carga eléctrica - do início da semana foi a mais forte desde 2006. Mas a mais recente é a mais rápida, e deve ter sido a primeira a atingir a Terra. "Não deve ser tão intenso como inicialmente se pensava. Mas ainda pode ser um acontecimento suficientemente grande para que seja possível ver auroras boreais no Reino Unido", disse à BBC Alan Thomson, da British Geological Survey.
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