Sobrinhas e sobrinhos

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Ser tio ou ser tia é que é cem por cento bom. Não há maior sorte do que ter e ir conhecendo e amigando sobrinhas e sobrinhos.

As sobrinhas e os sobrinhos são - instantaneamente, não como os filhos ou, ainda pior, os primos - como os nossos melhores amigos. Há um amor entre nós que nada exige e que nunca chateia; que só alegra e entusiasma; que faz rir e gostar da vida.

Em 2000, quando casei com a Maria João, eu já tinha duas sobrinhas e dois sobrinhos irresistíveis. Mas herdei dela, para grande sorte minha, mais duas sobrinhas e cinco sobrinhos encantadores, mais a tia totalmente irmã e amiga que é a minha mulher, ao ponto de confundir a amizade e a cumplicidade com o amor e com o sangue. Que se confundem bem, para proveito e enaltecimento de todos que a sentiram.

Ser mãe ou pai, avó ou avô tem responsabilidades. Nunca se é tão bom como se desejaria. Ficam complexos, culpas, fugas disfarçadas de remorsos.

Em contrapartida, ser tia ou tio é um tiro às escuras no deserto. Dispara-se o gesto de amor e de simpatia, sem saber se irá ser recebido ou rejeitado, e respondem-nos com uma carga mágica de boa vontade e de humor.

Anteontem, em casa da minha mãe, rebentei tanto de conspiração e de riso com a minha sobrinha Diana Rebecca como com a minha sobrinha Vera, ou como a minha mulher, Maria João, ou como a minha mãe e irmã, ambas Dianas também. Entre tios e tias e sobrinhos e sobrinhas é que é, e está, e se encontra a felicidade.

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