Nova estrutura de cúpula dos patrões portugueses será hoje formalizada

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A AEP e a AIP assinaram um acordo de fusão em Outubro passado ADRIANO MIRANDA

Responsáveis da AEP, AIP e CIP anunciam hoje em que moldes é que irá funcionar a nova confederação, um projecto cuja ideia remonta a Abril de 2004

A Associação Empresarial de Portugal (AEP), a Associação Industrial Portuguesa (AIP) e a Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) preparam-se para uma fusão institucional, cujos pormenores vão ser anunciados hoje, informou fonte ligada àquelas organizações.

"O anúncio formal da fusão da componente institucional das três organizações e outras informações relativas à subsequente reorganização do movimento associativo empresarial português" vão ser dadas a conhecer num encontro com a imprensa na segunda-feira, em Leça da Palmeira, Matosinhos, lê-se numa nota divulgada pelas organizações no fim de semana passado.

Em Outubro de 2009, a Associação Empresarial de Portugal (com sede em Matosinhos) e a Associação Industrial Portuguesa (sediada em Lisboa) assinaram um acordo de princípio para retomarem o projecto Confederação Empresarial de Portugal (CEP), criado há cinco anos e resultante da fusão entre a AIP e a AEP, que, juntas, representam mais de 200 mil empresas nacionais.

A intenção da CEP é relançar um projecto que começou em Abril de 2004 com o objectivo de criar uma estrutura associativa empresarial "de cúpula" em Portugal que respondesse e representasse todos os sectores empresariais de todas as regiões do país.

Em Abril passado, em declarações à agência Lusa, o novo presidente da CIP, António Saraiva, disse estar "a avaliar" a participação na CEP e defendeu que, unidas, as associações são "mais fortes", mas ressalvou estar ainda a analisar a forma como seria feita a fusão.

As grandes linhas de orientação para o mandato da nova direcção da CIP referiam a criação de uma estrutura associativa empresarial que junte todas as confederações patronais "em pé de igualdade", mas o representante da indústria portuguesa queria impedir que a Confederação Empresarial de Portugal se assumisse como a cúpula representativa dos patrões, pretendendo que todas as confederações ficassem ao mesmo nível.

"O ideal é que todos se encontrem em pé de igualdade numa plataforma de confederações portuguesas e nenhum de nós deve arrogar-se o direito de subverter ou submeter as outras", explicou, na altura, o presidente da CIP, eleito a 7 de Dezembro último.

O acordo de fusão da AEP e AIP, assinado em Outubro pelos respectivos presidentes, previa já que a CIP fosse convidada para fazer parte daquela estrutura enquanto associado fundador. Lusa

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