Investimento de 7,7 milhões de euros da EMEL dominado por novos parques e parquímetros

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Aquisição de parquímetros deverá custar 1,7 milhões de euros Helder Olino

A empresa quer estrear "uma nova filosofia" no parque do Chão do Loureiro, juntando no mesmo espaço estacionamento e "produtos complementares"

A Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL) prevê realizar este ano um investimento de quase 7,75 milhões de euros, mais de metade do qual na construção dos parques de estacionamento do Chão do Loureiro e da Rua Sousa Lopes e no desenvolvimento de estudos e financiamento do arranque de vários outros parques.

No plano de actividades e orçamento para 2010 da EMEL, que vai ser discutido amanhã na Câmara de Lisboa, destaca-se que este é "o início de um ciclo de forte investimento, para cuja execução a empresa se encontra tecnológica e financeiramente preparada". Em 2009, segundo o relatório e contas que vai ser sujeito a aprovação na mesma reunião, o investimento realizado foi de pouco mais de 744 mil euros.

A construção dos parques do Chão do Loureiro e da Rua Sousa Lopes, com um total previsto de 392 lugares, deverá custar cerca de 4,2 milhões de euros. No primeiro destes equipamentos a EMEL quer estrear "uma nova filosofia", com a oferta aos seus utilizadores de "um conjunto de produtos complementares" - um supermercado e um espaço de restauração - que o transformarão numa infra-estrutura "multiusos ao serviço de uma comunidade urbana". Nesta linha, a empresa municipal quer também instalar nos seus parques pontos de carregamento de carros eléctricos.

Ao longo de 2010 a EMEL propõe-se ainda dar continuidade aos projectos de criação de parques em Campo de Ourique, Corpo Santo e Belém, no sentido de cumprir a intenção da Câmara de Lisboa de disponibilizar cinco mil novos lugares em quatro anos.

Uma significativa fatia do investimento a realizar pela empresa este ano, no valor de mais de 1,7 milhões de euros, será consagrada à aquisição de parquímetros. A renovação destes equipamentos, "determinada em primeiro lugar pelo seu elevado desgaste derivado da idade média e das acções de vandalismo a que durante anos foram em grande parte sujeitos, e justificada, em segundo lugar, pela necessidade de dispor de equipamentos mais robustos e tecnologicamente mais evoluídos", deverá estar concluída em 2012.

No ano passado, segundo o relatório e contas a discutir amanhã, a EMEL teve um resultado positivo de cerca de 180 mil euros, contra os 46 mil de 2008. Igualmente notado no documento é o aumento da fiscalização, tendo os bloqueamentos de viaturas subido 28,2 por cento entre 2008 e 2009 e os autos de notícia aumentado mais de 18 por cento no mesmo período.

Os proveitos directamente provenientes do estacionamento na via pública, através dos parquímetros, atingiram 12,1 milhões de euros. Já os parques de estacionamento foram a segunda maior fonte de proveitos, tendo rendido cerca de 2,5 milhões de euros à EMEL em 2009.

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