Comerciantes de Parada Leitão aguardam reunião com arquitecto das esplanadas

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Igespar mandou demolir as novas esplanadas do centro histórico PAULO RICCA

Esplanadas só têm autorização para continuar, nos moldes actuais, até ao final de Março. Projecto terá de ser reformulado, depois do chumbo do Igespar

Até ao final de Março, os comerciantes da Praça de Parada Leitão, no Porto, têm de apresentar na Direcção Regional de Cultura do Norte um novo projecto para as esplanadas idealizadas pelo arquitecto Rui Barros Silva, e que foram chumbadas pelo Igespar (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico). O arquitecto convocou uma reunião para ontem, mas esta acabaria por ser adiada.

Os comerciantes ouvidos pelo PÚBLICO não souberam adiantar o motivo para o encontro de ontem e Rui Barros Silva preferiu transmitir, através de um elemento do seu gabinete, que o encontro fora "adiado para os primeiros dias de Março", sem acrescentar qualquer informação.

António Fonseca, da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto (ABZHP), mostrou-se surpreendido com o facto de ter sido convocada uma reunião, sem que lhe fosse dado conhecimento. "Fui mandatado para gerir este processo e até já tive uma reu- nião com o arquitecto, na qual lhe disse que ele devia decidir se queria continuar com o processo ou sair e deixar a associação encontrar uma alternativa. Depois disso, nunca mais ouvi nada dele", diz.

O líder da ABZHP defende que o arquitecto Barros Silva deve "assumir uma quota parte da responsabilidade" do imbróglio em que o processo se transformou, depois de o Igespar ter emitido um parecer desfavorável ao projecto das esplanadas em Maio do ano passado - cerca de um mês depois de estas entrarem em funcionamento. António Fonseca diz que os comerciantes do Café O Mais Velho, Café Âncora d"Ouro (Piolho), Café Universidade, Geladaria Cremosi e Restaurante Irene Jardim estão "cansados" e só querem ver o processo resolvido.

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