Joe Berardo reage

Foi, desde o início, uma das fragilidades apontadas ao acordo estabelecido entre o Estado português e o investidor e coleccionador Joe Berardo. Agora, a possibilidade de o Estado não conseguir cumprir a sua metade de obrigações na fundação que gere o Museu Berardo é um facto. Querendo, à partida, Berardo poderá sair do museu com a sua colecção, deixando vazio o módulo 3 do Centro Cultural de Belém após apenas três anos. O coleccionador diz que ainda não estudou o caso a fundo. "Há acordos escritos, assinados pelo Presidente da República. Mas não estou a dizer que sim [que vou denunciar o acordo] nem que não." Segundo explicou ontem ao PÚBLICO, Berardo já esteve com o seu advogado, André Luiz Gomes, mas sublinha: "Ainda não sabemos o que dizer. Vamos ver." Reconhecendo que a condição financeira do país "é grave" e que "todos temos que contribuir", face à perspectiva de não cumprimento do Estado, Berardo ressalva, porém: "Oxalá pudesse dizer que está tudo bem, mas não posso." V.R.

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