"Não acho que uma Cinemateca no Porto seja uma prioridade"

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Maria João Seixas quer que todos os cineastas portugueses sintam a Cinemateca como a sua casa

A Cinemateca Portuguesa vai chegar a todo o país através da criação de uma rede nacional de salas com equipamento digital, "até à ilha do Pico", diz Maria João Seixas. Directora há quatro meses, não deixa de se identificar, nesta entrevista, com as posições do seu antecessor, João Bénard da Costa. "Estou cem por cento, para não dizer mil por cento, nesta casa." Por Kathleen Gomes (texto) e Nuno Ferreira Santos (fotografia)

Na sua primeira entrevista desde que tomou posse como directora da Cinemateca Portuguesa, há quatro meses, Maria João Seixas, de 64 anos, anuncia a criação de uma rede de projecção digital em todo o país que irá mostrar filmes da Cinemateca. Admite que os próximos tempos poderão ser difíceis por causa das restrições económicas e que a Cinemateca precisa de ser defendida junto do poder. Quer reconciliar a comunidade do cinema português com a casa que dirige. E demarca-se da tutela em relação à criação de uma Cinemateca no Porto: "A actual ministra da Cultura abraçou esse compromisso, e eu estou aqui para cumprir. Se me perguntar se eu acho que seria uma prioridade, não acho."

A sucessora de João Bénard da Costa recebeu o P2 no seu gabinete na Rua Barata Salgueiro, em Lisboa. Retirou os posters de filmes das paredes e os cortinados das janelas, trouxe os seus "objectos africanos" - entre outros, uma cadeira bóer da família, e uma balança etíope. Tem uma jarra de rosas sobre a secretária. É um gabinete despojado. "Penso melhor assim", diz.

Como encara as funções de direcção? João Bénard da Costa tendia a concentrar muitas das actividades e decisões nele próprio. Um director deve, por exemplo, programar, quando tem uma equipa para o fazer?

Vamos lá à questão do João Bénard. Em boa hora, ele o fez. Talvez por isso eu tenha encontrado uma casa tão bem estruturada. Mas eu não sou o João Bénard, não tenho os conhecimentos do João Bénard. Terei um pequeno grão da mesma paixão. Mas sou, penso eu, boa aprendiz e gosto de delegar. Ou seja, esta casa perdeu um grande senhor do cinema e terá visto entrar alguém que gosta há muitos anos de cinema e que não tem pretensão a dizer outra coisa senão isto. E que, ao aceitar vir para esta casa, associou uma outra - e aí entra a minha costela africana - leonina causa, que é a defesa da Cinemateca Portuguesa.

Que precisa de ser defendida?

Precisa. Mas não é externamente. Todas as instituições, sobretudo aquelas que têm um serviço ao público, são passíveis de críticas, isso não me assusta nada. E algumas são bem-vindas: eu gosto de ler críticas e gosto de aprender com algumas delas, poucochinhas.

Então, precisa de ser defendida em relação à tutela?

Em relação ao Estado será preciso muita determinação, muita clareza em explicar e em defender a Cinemateca pelo lado da função pública que ela presta. A Cinemateca não pode estar sujeita ao ramerrão do olhar sobre ela nem de si próprio. O cinema merece que a Cinemateca seja um corpo muito vivo e progressivo. É preciso defender a função que o ANIM [Arquivo Nacional de Imagens em Movimento] presta, é preciso negociar em tempos de crise que aquilo não pare. A programação da Cinemateca tem de continuar a ser apoiada. Eu não me imiscuo na programação, primeiro ponto. E tenho uma confiança ilimitada no núcleo da programação. De resto, deleguei a programação no dr. Pedro Mexia. Perguntei-lhe quais as áreas que ele gostaria que lhe fossem delegadas e ele escolheu as duas que eu mais gostaria para mim [risos]: programação e ANIM. Embora me tivesse ficado uma outra de que nunca abro mão, que é a do pessoal.

No entanto, não me inibo de poder fazer sugestões e de ter até iniciativas que ponho à consideração da programação. E eu estou aqui há muito pouco tempo, há quatro meses, e os programadores foram suficientemente amáveis para aceitar a minha ideia, ao ver as iniciativas para que a Cinemateca Portuguesa tem sido solicitada a colaborar no âmbito das comemorações da República. Um dia pensei: por que não fazermos nós um ciclo especial a que fosse chamado Os Filmes dos Presidentes?

Outra ideia: como sabe, a Cinemateca Portuguesa, para além de mostrar regularmente filmes portugueses, tem feito ciclos com obras integrais de alguns cineastas: Manoel de Oliveira, Paulo Rocha, Fernando Lopes, João César Monteiro. Não é que sejam difíceis de organizar, mas exigem edições especiais. E eu gostaria que o ano de 2011 começasse com um realizador que tem obra suficiente para constituir um ciclo especial: António Macedo.

Essa era uma das críticas apontadas à Cinemateca: o facto de ter criado o seu próprio cânone do cinema português, programando e legitimando alguns cineastas e ignorando outros. Mas não é verdade, os cineastas não eram ignorados. Aqueles de maior eleição terão tido maior visibilidade. Outra coisa que propus à programação que se fizesse, não sei se em 2011, se em 2012: dada esta disfunção do olhar dos portugueses em relação ao seu cinema, gostaria que organizássemos um ciclo com os chamados êxitos de bilheteira. Desde os anos 80: A Vida É Bela?!, Quilas, o Mau da Fita, O Lugar do Morto, os filmes do Joaquim Leitão... Aqueles que tocaram ou ultrapassaram a fasquia dos 100 mil. E acompanhar isso de debates com sociólogos, psicanalistas, e não só os críticos de cinema.

Está a procurar pacificar ou reconciliar, de alguma maneira, a relação que alguns realizadores portugueses têm com esta casa?

Estou. Tenho pena que se sintam guerreados pela casa, acho que essa não era intenção do dr. Bénard da Costa. Eu gostava que todos os cineastas portugueses sentissem esta casa como primeiramente deles. Por exemplo, poucas semanas depois de estar cá, vendo a programação e o debate que se seguiria à projecção de um filme do João César Monteiro, tive o cuidado de perguntar: "Quem é que vem ao debate? Quem foi convidado?" Disseram-me, achei muito bem, e disse: "E por que é que falta esta pessoa?" (que eu sabia que tinha sido fundamental para a produção e realização do filme). "Ah, essa pessoa está de costas viradas para a Cinemateca, está zangada com a Cinemateca..." Essa pessoa chama-se António-Pedro Vasconcelos. Eu disse: "A mesa já está feita, mas eu vou telefonar ao António-Pedro Vasconcelos." Telefonei, e não consegui demovê-lo: ele não veio.

Por exemplo, gosto de efemérides, e gostaria de estar atenta a autores de literatura portuguesa que tenham sido adaptados para serem celebrados no dia do seu nascimento ou da sua morte. Também achava que politicamente era interessante que esta casa se lembrasse de celebrar, sempre que possível, efemérides relativas às ex-colónias - o Dia da Independência de Moçambique será a primeira. Eu sabia que o José Fonseca e Costa nos anos 80 tinha ido filmar a Maputo um festival de música. E que em 1981, a 25 de Junho, o Presidente Machel e a ministra da Cultura da altura, Graça Machel, escolheram o filme, que se chama Música Moçambique, para integrar nas comemorações do dia. E que os portugueses não conhecem, o filme não passou em Portugal. Eu pedi ao Zé Fonseca e Costa se ele não se importaria que se mostrasse na Cinemateca e falei com o embaixador de Moçambique. E o filme vai passar no dia 24. José Fonseca e Costa não era propriamente um dos cineastas que achassem que a Cinemateca Portuguesa estava aqui para celebrar o cinema português.

Mas não é por uma questão diplomática que o faço. Acho mesmo que por alguma razão se afastaram alguns cineastas desta casa e eu gostaria de conseguir reaproximá-los para eles perceberem que de facto esta casa é deles. Só que o ser deles implica uma parceira, não é propriamente à maneira que eles querem, tem de ser da maneira que melhor encontrarmos para servir as duas partes.

Para além das iniciativas que já mencionou, quais são, para si, as áreas prioritárias? O que é que quer mudar a curto, médio ou longo prazo?

Já não tenho idade para longos prazos. Eu aceitei uma nomeação por três anos. Não se pode desejar fazer muito, e sobretudo num período tão difícil, em três anos. Mas pode-se sonhar. Gostaria de consolidar a qualidade da programação das salas. Abrir gradualmente para novos cinemas, os novos tempos. Mas salvaguardando os clássicos. Gostaria de reforçar o orçamento para os trabalhos de restauro do ANIM. Gostaria de dar os primeiros passos para um verdadeiro Museu do Cinema. Gostaria de ajudar naquilo que eu sei que é um desígnio da senhora ministra, para, juntamente com outras instituições, nomeadamente o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), montar uma rede fiável de equipamento de projecção digital e contribuir com o acervo da Cinemateca para a circulação de filmes e para dar a ver com regularidade cinema de qualidade a quem se está a formar neste momento na Net. Já me sentiria muito feliz se isto conseguisse ser feito.

Portanto, a transferência do acervo, ou de parte do acervo, para o digital vai avançar?

Uma rede de território nacional de circulação de filmes não pode sequer ser aflorada em película. As cópias estragam-se, cada vez há menos projeccionistas... Então que se dê a ver, com muito critério, aquilo que é a história do cinema, nas melhores condições possíveis a seguir à película, e aqueles que quiserem ter a emoção de ver um filme em película terão de vir à Barata Salgueiro, como vêm ao Museu Nacional de Arte Antiga. Porque há muitos cursos de Cinema no país, há muita gente a querer fazer cinema e a não ver cinema. Gostaria que esse trabalho pudesse ser feito até à ilha do Pico.

Falou de ir abrindo a Cinemateca. Justamente, ela tem sido uma instituição muito fechada em si mesma...

Diga lá porquê.

Tem sido pouco permeável a propostas e colaborações de terceiros, sejam investigadores, programadores ou festivais.

Não é verdade. Há imensas propostas da sociedade civil que têm sido feitas.

Dou-lhe outro exemplo: a Cinemateca foi a grande referência da cinefilia nos anos 80, pela novidade, pelo facto de haver um grande vazio à volta em termos de programação e oferta cinematográfica. Hoje, a cinefilia também passa pelos festivais, pelos DVD, pela Internet. E a Cinemateca continuou a funcionar da mesma maneira, apesar do contexto à sua volta se ter transformado radicalmente nos últimos 10, 15 anos.

Ainda bem. Em Portugal, neste pequeno país, há muitos festivais e muitíssimo interessantes - os Docs, os Indies, o Fantasporto. Dão de beber a quem tem sede daqueles objectos fílmicos. Do meu ponto de vista, isso reforça a obrigação estatutária de qualquer cinemateca de insistir na história do cinema, nos clássicos, aqueles que já ninguém vai ver, ou que podem ver em DVD os mais interessados, aqueles aonde ainda existe uma cinefilia que a minha geração reconhece como tal. E que agora é outra, eu sei. Mas essa outra tem formas de chegar a ela, não tem de esperar que seja a Cinemateca a alimentá-la. O que eu quero dizer com abrir é que os novos criadores ou aqueles que no seu tempo abriram janelas - tenho aqui dois nomes, o Ken Jacobs, que se vai fazer agora com Vila do Conde, ou o James Benning - possam ser reconhecidos no seu estatuto de qualidade.

Mas parece que a Cinemateca tem sempre de escolher entre a história e o presente, entre os clássicos e a actualidade, quando poderia trabalhar com os dois.

Já estamos a caminhar para isso. Mas isso tem de ser devagar. Em Portugal, ao contrário de muitos países europeus, não temos uma lei que era essencial para enriquecermos o nosso acervo, que é uma lei de depósito legal que obrigasse os distribuidores comerciais a depositarem. Os outros países têm acervos fantásticos, podem variar. Nós temos de comprar, e comprar é muito caro. Há distribuidoras que, quando lhes apetece e se lhes apetece, depositam uma cópia, mas isso não é feito sistematicamente.

Isso tem implicações no que a Cinemateca Portuguesa exibe de cinema mais recente?

Com certeza. E devo dizer-lhe que, estando em cima da ordem do dia as restrições orçamentais, vai ser muito complicado continuarmos a assegurar isto. Eventualmente, em vez de fazer duas repetições na mesma semana, vamos ter de fazer três. E isso assusta-me muito.

A sua escolha rompeu com a tradição seguida até agora, que era a direcção ser assumida por alguém que tinha feito o seu percurso dentro da Cinemateca. A sua nomeação foi entendida como sendo uma nomeação política, a escolha de alguém próximo do PS.

Acho legítimo que as pessoas tenham pensado isso. Foi uma surpresa para mim. O Partido Socialista é a família política com que me identifico. Não sou militante, mas se me perguntarem o que é que eu sou ideologicamente, direi que faço parte do Partido Socialista. Sinto-me bem com essa pertença mas nunca fui próxima do Partido Socialista. E a nomeação que eu tive, que também me surpreendeu na altura, foi quando o eng.º António Guterres me convidou para a assessoria cultural do seu gabinete. Os únicos lugares que eu tinha tido decorriam das minhas relações com um dos capitães de Abril - o meu capitão de Abril -, o major Vítor Alves. Com a eng.ª Maria de Lourdes Pintasilgo, trabalhei na Comissão da Condição Feminina e depois, quando ela foi primeira-ministra, não trabalhei com ela. Depois, tive intervenções nas campanhas presidenciais do dr. Jorge Sampaio, do dr. Mário Soares e do prof. Manuel Maria Carrilho quando se candidatou à presidência da Câmara Municipal de Lisboa. Tudo isso fiz sem ter nenhuma relação directa com o partido. A minha participação nas campanhas não trazia nenhum isco na ponta, isto é, eu não estava à espera de ser compensada com nada. E quando saí, por razões que só eu sei e que não contarei, ao fim de dois anos, do gabinete do eng.º Guterres, passei a desempregada por conta própria. Não tive nenhum lugar em lado nenhum, não tinha nenhum vínculo à função pública e portanto percebi o que é ser freelancer aos 50 anos.

Saiu por vontade própria?

Saí por vontade própria e não recebi nada em troca. Nem sequer em troca do meu silêncio.

Agora vamos à questão da ministra da Cultura: conheci-a na bancada que partilhámos durante um ano no programa de Luís Caetano, Um Certo Olhar. Que arrancou com a pianista Gabriela Canavilhas, com o Jorge Silva Melo e comigo. Depois, o Jorge Silva Melo teve de sair e entrou o Vicente Jorge Silva. Depois, a Gabriela Canavilhas teve de sair e entrou a Inês Pedrosa. Portanto, o meu conhecimento da actual ministra da Cultura veio daí. Foi uma convivência amável, franca, mas nunca fomos tomar chá juntas. Nem andámos de eléctrico juntas. Demo-nos todos muito bem naquele período e acabou. Quando a actual ministra da Cultura me telefona, eu estava numa situação particularmente frágil: estava no hospital a cuidar de um doente. Doente esse que por acaso é realizador e que ficou muito entusiasmado. A ministra pediu-me para no dia seguinte ir ao ministério. O entusiasmo do Fernando [Lopes] com a hipótese da Cinemateca, associado a um convite que o João Bénard da Costa me fez há 12 anos, numa altura em que houve a possibilidade de o eng.º José Manuel Costa sair como número dois da Cinemateca... O João Bénard perguntou-me se eu queria, no caso de se confirmar a demissão, e eu disse que sim. Mas depois, e felizmente para a Cinemateca porque o eng.º José Manuel Costa é um colaborador absolutamente indispensável, a questão resolveu-se. Quando eu oiço o convite, para além da alegria do meu doente, e lembrando-me daquilo que daria com certeza alegria ao João Bénard, porque ele tinha dado esse passo, embora eu tivesse garantido que ninguém mais me tiraria da praia de areais brancos da minha liberdade, disse que sim. E ao dizer que sim, estou cem por cento, para não dizer mil por cento, nesta casa.

O Ministério da Cultura está muito empenhado na criação de uma Cinemateca do Porto, uma ideia que já tinha sido defendida pelo anterior ministro, José António Pinto Ribeiro, e à qual Bénard da Costa se opunha - ou melhor, acreditava numa filmoteca autónoma, sem ligação à Cinemateca Portuguesa. Qual é a sua posição?

Eu sabia a posição do João Bénard e, sabendo-a, muito me surpreendeu o anúncio do anterior ministro Pinto Ribeiro sobre a criação de um pólo da Cinemateca no Porto. De facto, era tudo o que o João Bénard da Costa menos desejava. A actual ministra da Cultura abraçou esse compromisso, e eu estou aqui para cumprir. Se me perguntar se eu acho que seria uma prioridade, não acho. Eu sou mais do lado da posição do João Bénard. Acho que não temos escala nem acervo nem meios para constituir um novo acervo onde quer que seja. Mas acho que o Porto merece alguma atenção particular neste capítulo: foi ali que nasceu o cinema português, é ali que vive o Papa do cinema português, foi uma cidade com uma cinefilia inacreditável. Mas essa atenção não pode ultrapassar os meios que o Ministério da Cultura tem. Pediu-se ao arquitecto Souto Moura um novo projecto de adequação da Casa das Artes para a futura Casa do Cinema do Porto. Esse projecto ainda não nos chegou, portanto isto tem atrasos que vão eventualmente defraudar alguma pressa da comunidade portuense que deseja uma cinemateca. Desconheço absolutamente quando é que a Casa de Cinema do Porto poderá estar operacional porque vai implicar obras dispendiosíssimas. Também estamos em fase de iniciar uma parceria com a Fundação de Serralves, e eventualmente, depois, com o Festival de Vila do Conde, para assegurar com alguma regularidade ciclos de cinema.

Quem vai pagar as obras e a manutenção da Casa do Cinema do Porto?

A Cinemateca Portuguesa.

Quem tem, supõe-se, um orçamento reduzido neste momento.

Mas não pode sair do orçamento da Cinemateca. Portanto, o Ministério da Cultura. Quando e se puder.

Fez-se algum estudo sobre os hábitos e lacunas da exibição e frequência cinematográfica no Porto antes de se avançar para essa decisão?

Não. Há alguns dados mas não se fez estudo nenhum. Houve um abaixo-assinado, como sabe. E acontecem algumas projecções na Fundação de Serralves em que, segundo me disseram... Por exemplo, no ciclo dedicado a Pedro Costa, não sei se o realizador se alguém por ele, perguntou, perante o número exíguo de espectadores, se eles estavam ali em representação dos 4970 signatários. Mas como há uma dinâmica de fruição cultural, em que a Casa da Música e a Fundação de Serralves têm um papel importantíssimo, acredito que sobretudo com um público mais jovem, universitário, se possa admitir uma frequência regular a um sítio com uma programação de qualidade. Mas estamos nos primórdios dos primórdios.

Sente que existe na tutela uma ideia clara do que se quer de uma Cinemateca?

Acho que sim, mas a primeira pessoa a quem deveria perguntar é ao [ex-]ministro José António Pinto Ribeiro e, a seguir, à ministra Gabriela Canavilhas. E só em terceiro lugar a mim.

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