Câmara do Porto instala mais avisadores sonoros em semáforos até ao fim do ano

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Há já seis contadores a funcionar

Sistema permite ao peão perceber quanto tempo tem para atravessar as passadeiras

A Câmara do Porto prevê instalar até ao fim do ano mais oito avisadores sonoros em semáforos para peões em dois cruzamentos de maior procura pedonal na cidade, disse à Lusa fonte da autarquia. A instalação de avisadores sonoros e de contadores regressivos, que permitem aos peões saber quanto tempo têm para atravessamento da rua, começou em Setembro.

Na Baixa da cidade, em especial na Avenida dos Aliados e na Rua dos Fenianos, existem já seis contadores. A Câmara do Porto garante ainda que "tem planeado continuar a instalar contadores regressivos e avisadores sonoros" noutras zonas. Estes dispositivos mostram aos peões os segundos, num total de 25, que ainda faltam para que o sinal passe de verde para vermelho.

O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, salientou em Setembro, no âmbito de uma campanha de prevenção para a sinistralidade rodoviária em passadeiras, que quase um quinto das mortes nas estradas é de peões. "Entre os mortos em acidentes rodoviários, há 18 por cento de peões. Desses, a maioria morre na cidade e uma grande percentagem (40 por cento) a atravessar passadeiras", destacou o ministro, acrescentando que quase metade das vítimas são pessoas com mais de 65 anos.

No Porto, o lançamento desta campanha incluiu a pintura em passadeiras da frase "316 vítimas de atropelamento no Porto em 2009 - atenção, todos somos peões". Questionados pela Lusa, alguns peões da cidade consideraram "positiva" a iniciativa da autarquia em colocar contadores regressivos. Porém, houve quem considerasse os 25 segundos insuficientes em horas de ponta.

A autarquia garante que "os tempos de passagem de peões foram revistos (cumprimento mínimo do decreto-lei 163/06) nessas passadeiras" com contadores.

Joaquim Magalhães, que quase diariamente atravessa a Rua dos Fenianos, junto aos paços do concelho, considerou a instalação de contadores regressivos positiva, porque "a segurança dos peões deve estar em primeiro lugar", mas disse ser insuficiente o tempo destinado ao atravessamento.

Para Sara Perdigão, que apenas reparou naquele dispositivo no momento em que falou à Lusa, este tipo de alerta destina-se "essencialmente para os mais idosos e pessoas com mobilidade reduzida", que assim podem controlar o atravessamento nas passadeiras. "Têm mais tempo para atravessar a rua e a noção do tempo que têm para isso", disse, acrescentando que esta iniciativa da autarquia "deve ser alargada a mais semáforos da cidade".

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