Nova empresa responsável pelo bar do Rivoli gostava de ocupar o palco do teatro

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Concessionários do bar e restaurante do Rivoli vão pagar 48 mil euros em dois anos paulo pimenta

A WLD, com sede em Gaia, foi criada em Junho e assume-se como uma empresa de "organização de eventos". Restaurante e bar devem abrir ainda antes do Natal

A concessão dos espaços de cafetaria e restaurante do Teatro Municipal Rivoli, no Porto, foi disputada, ontem, por duas empresas. A WLD - We Like Dynamic acabou por sair vencedora, ao pagar pela chave do espaço 2500 euros. Assumindo-se como uma empresa de "organização de eventos", os responsáveis da WLD dizem que não se importavam de ocupar, também, pontualmente, o palco do teatro.

A adjudicação provisória dos espaços de restauração do Rivoli foi decidida, ontem de manhã, depois de um curto período de licitação da chave do espaço, com o preço base de 250 euros. Obrigados a fazer licitações com o valor mínimo de 250 euros cada, os dois candidatos foram alternando a oferta, e a chave começou por valer 500 euros, passando a 750, 1000... A batalha acabou com a oferta de 2500 euros pela WLD. Fernando Carvalho, que representava a outra concorrente, reconheceu que a competição foi "muito forte" e desistiu da batalha.

Já os representantes da WLD - estiverem presentes nos Paços do Concelho seis elementos da empresa - nunca pensaram desistir. "Estávamos convictos de que íamos ficar com o Rivoli", disse Johnny Silva. Carlos Lima, um dos administradores, sublinhou: "Somos de convicções fortes e vínhamos com esta determinação."

Abertos em Dezembro

Além dos 2500 euros pagos pela chave, a WLD deverá entregar à Câmara do Porto uma renda anual de 24 mil euros, nos dois anos a que se refere a concessão. O contrato poderá ser renovado, por períodos de um ano, mediante uma renegociação das condições.

A anunciada saída de Filipe La Féria do Rivoli e a indefinição que, neste momento, envolve o futuro do teatro - ainda ontem a produtora UAU, responsável pelo espectáculo actualmente em cena no Rivoli, disse à Lusa "não ter nenhum interesse" em gerir aquele espaço - não assustam a empresa de Vila Nova de Gaia, que vê nesse esvaziamento de programação uma oportunidade. "Nós somos uma empresa de organização de eventos, como tal, estamos confiantes de que até poderemos utilizar o palco do Rivoli", diz Carlos Lima.

A WLD foi criada em Junho deste ano e, segundo os seus responsáveis, além da sede de Gaia, mantém filiais em Estarreja (Aveiro) e no Porto.

A adjudicação definitiva dos espaços de restauração deverá ser concretizada nos próximos dias e a empresa tem a expectativa de poder ter tudo a funcionar "em meados de Dezembro". Carlos Lima diz que a WLD quer oferecer "uma dinâmica diferente" aos clientes de restauração do Rivoli e, a título de exemplo, refere que as "noites temáticas" passarão a fazer parte da actividade normal do espaço.

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